Dentre
os vários artistas que aderiram à estética futurista, houveram alguns nomes que
se destacaram, sendo por conta de suas obras e a repercussão que elas causavam
ou pela sua importância para a criação e difusão desta estética. No texto abaixo,
você encontrará uma curta biografia sobre cinco dos maiores nomes do futurismo.
Umberto Boccioni
(1882-1916) – Pintor, escultor e teórico italiano, nascido em 19 de Outubro de
1882 em Reggio di Calabria, foi uma das figuras mais importantes do Futurismo.
Boccioni foi treinado no estúdio de Giacomo Balla, onde aprendeu a pintar de
acordo com a estética pontilista. Em 1907 ele se instalou em Milão, onde
conheceu Fillipo Marinetti, que escreveu o manifesto futurista, e gradualmente
aderiu à esta estética. Boccioni adaptou as ideias lançadas por Marinetti para
as artes visuais no chamado “Manifesto Técnico dos Pintores Futuristas” que
assim como o manifesto original, exaltava o símbolo da tecnologia e
modernidade, as máquinas, a sua violência, velocidade e seus sons. Boccioni
morreu em 16 de Agosto de 1910, em Verona.
Giacomo Balla
(1871-1958) – Artista italiano nascido em 1871, na cidade de Turim. Mudou-se
para Mudou-se para Roma em 1895, onde dedicou-se a pintar cenas noturnas e fora
da cidade, utilizando estéticas pontilistas e só posterirormente, por volta de
1910 aderiu ao movimento futurista, após participar da escrita do “Manifesto
Técnico dos Pintores Futuristas”. Devido ao surgimento do fascismo,
“desvinculou-se” do movimento futurista e passou a pintar quadros com estética
mais comum e realista, e com temática mais comum, como pintar a natureza.
Carlo Carrá
(1881-1966) – Nasceu em uma família de artesãos e dedicou os primeiros anos à
decorar murais e pintar. De 1906 a 1908 estudou na Academia de Belas Artes de
Brera, onde conheceu Umberto Boccioni, que lhe apresentou aos ideais lançados
por Marinetti, e juntos, Carrá, Boccioni e outros artistas escreveram o
“Manifesto Técnico dos Pintores Futuristas”. Em 1914 fez algumas colagens e
começou a se afastar da estética futurista. Em 1917 conhece Chirico e fica
entusiasmado com as novas possibilidades que a pintura metafísica lhe
proporciona, com a possibilidade de pintar uma atmosfera ao mesmo tempo mágica
e estranha pela utilização de figuras misteriosas e desconexas. Foi para o
exército em 1919 mas saiu ainda no início dos anos 20 e voltou a dedicar-se à
pintura, adotando desta vez uma estética mais figurativa marcado por uma
relação orgânica com a realidade natural, estética essa que o acompanhou até o
fim de seus dias.
Filipo Tomaso Marinetti
(1876 - 1944) – Escritor e poeta italiano nascido em Alexandria, no Egito em 2
de dezembro de 1876. Iniciador e um dos principais teóricos do movimento
futurista, sendo ele o criador do manifesto futurista, cujas ideias, publicadas
ao mundo pelo jornal “Le Figaro” rapidamente incentivaram muitos artistas
plásticos e escritores a aderirem ao estilo futurista. Em “Guerra, a única
higiene do mundo” (1915) comemorou o início da I Guerra Mundial e clama pela
entrada da Itália no conflito. Após a guerra, aderiu ao Fascismo, dizendo que
era um extensão natural do futurismo e por conta disso, tornou-se seguidor de
Benito Mussolini, e na década de 30 perdeu a maioria dos seus seguidores,
muitos deles anteriormente para a guerra. Morreu em 2 de dezembro de 1944 em
Bellagio, na Itália.
Fernando Pessoa
(1888-1935) – Escritor português, nasceu dia 13 de junho de 1888 em Lisboa. É
um dos mais conhecidos escritores da civilização ocidental. Como poeta,
escreveu sob múltiplas personalidades diferentes, conhecidas como heterónimos,
nos quais ele “esvaziava” a sua personalidade e se preenchia com as de seus
heterónimos, cada qual com a sua própria estética. Dentre eles, Álvaro de
Campos é conhecido por ser o alter ego
de Pessoa, nascido em Lisboa no dia 14 de Outubro de 1890, recebeu “uma
educação vulgar de liceu” e depois foi estudar engenharia, estudado primeiro a
mecânica e depois a naval. Álvaro de Campos passou por três fases estéticas em
sua escrita, a decadentista, a futurista/sensacionalista e por fim a
decadentista, mas devido ao assunto de nosso trabalho, vamos nos ater à segunda
fase, a futurista, fase na qual escreveu uma de suas mais conhecidas obras “Ode
Triunfal”. Foi bastante influenciado por Walt Whitman e Marinetti durante este
período, no qual celebra o triunfo das máquinas e da civilização moderna,
celebração que percebemos de uma maneira quase erótica em relação às máquinas.
Fernando Pessoa, seu hortónimo morrem em Lisboa em 30 de Novembro de 1935 de
cirrose hepática.
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